sábado, 3 de fevereiro de 2007

Madrugada

Acordo com o incomodo da febre mas principalmente da tosse; são 4 da madrugada.O meu 1º pensamento vai pra o recordar do sonho: o meu pai ía para a Turquia em trabalho e era um homem doente...estranho sonho...havia mais mas não me lembro, ía pela estrada do Algarve. Depois um desencadear de pensamentos: a exaltação de uma das colaboradoras da minha mana por causa de uma suposta aldrabice, já nem queria reiki, e a tranquilidade da gestão da situação.
A acesa troca de palavras com o meu marido por causa....afinal de uma demarcação de terreno, de posição na vida, tendo como origem o workshop de terapias complementares da minha mana.
Eu dizia que a abertura da exposição nada tinha que ver com o começo do workshop em si; eu gostava de saber se ele estaria presente na abertura ou o "apoio a minha pintura" significava levar-me descarregar ajudar a pendurar e ir embora" ou se estaria presente e ele continuava batendo na mesma tecla: "nada daquilo era a onda dele,etc,etc...não acreditava nas terapias...pelo menos não daquela maneira...."; esta ultima frase ficou registada...não quero julgar, não quero antagonizar, só gostava que ele fosse menos preconceituoso e mais franco: ele antagoniza a minha melhor amiga, porque.....logo se verá; ou e também não se quer misturar ao ponto simples de partilhar uma sopa com ela, pois teremos de lá estar na hora do almoço...ou e também não se quer envolver ao ponto de estar presente na abertura da exposição: fez o que tinha a fazer(pois é, de certo modo, o que todos esperariam dele)e iria embora.
Penso, sinto, que o caminho está delineado...eu seguirei um rumo e ele outro, ou acontecerá algum milagre entretanto?
Ele está demasiado carregado com negatividade pra eu pensar de outro modo; eu vivo com ele há 12 anos, conheci uma pessoa e foi-se apresentando outra.
Tem sido um período difícil, em que a carga de pintar toda uma nova coleção, o antagonismo do meu marido, a falta de saude com a complicação de uma gripe e toda a tensão diária exarcebada, para mim, pois a vida teve de correr normal, com tudo o que isso implica a par da preparação de uma 1ª exposição.
Para finalizar, a festa de seu aniversário ontem....mais um acréscimo de fadiga; houve alturas que eu pensei em ir para a cama e desisitir simplesmente de tudo, tal era a dor física e a exaustão.
Entretanto mais uma vez sinto que certas pessoas se aproximam de mim apenas pra obter algo, pensando na possibilidade da minha influencia no meio social....heheheheheh, esta teve piada, só por causa dos meus contactos através da minha mana; eu a pessoa mais heremita que possam conhecer,
A minha mana uma pessoa sofrida por muitos anos, com uma espiritualidade genuina e uma capacidade de "gerir humanos", com um filho doente e vivendo num constante sobressalto económico, em cujos ombros tudo caí, literalmente....e ainda cheia de positivismo e a cabeça de um centro de terapias, de um workshop, continuando a oferecer ajuda aos mais carenciados....e o meu marido ñ sabe reconhecer nada disto....
Sinto arepios de frio; vou fazer um chá ou um café com leite e mel e tomar algo, pois eu terei que estar muitas horas fora domeu ambiente, gerindo uma sociabilização que eu não estou acostumada, falando com uma garganta inflamada de dinheiro quando não me importaria apenas falar do meu trabalho...se bem que ultimamente ando tão pouco fluente em palavras que sinto nada haver a dizer...tá tudo lá, na pintura.
Eu sei que a madeira só fica suave se for continuamente lixada e não apenas envolta em panos sedosos.
Não receio nada em especial a não ser o contacto energético de muitas pessoas, põe-me doente.
Tenho ainda um longo trabalho de crescimento pela frente.

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