sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Meninos de Luz


Declarações de um menino
Novos meninos estão nascendo. Todos são novos, ainda que não pareçam. Trazem aberta a conexão com o espiritual. Os bebés choram porque é muito difícil este planeta. Um bebé procura expressar-se por via telepática, mas isso não funciona, porque este planeta é muito denso. A criança vê tudo, o mal e o bem, o falso e o verdadeiro. É terrível ver tudo. Em outros planetas vê-se o que se quer. Ver é um modo de dizer, já que não há olhos físicos, o indivíduo se focaliza ou se concentra naquilo que lhe interessa. A criança, como está muito assustada e estranha seu almín, seu almán e o núcleo, liga-se rapidamente então às pessoas que cuidam dela.
Os bebés estão abertos à unidade superior, mas os pais os fecham logo que os ensinam a falar. Envolvem-nos cada vez mais no físico. Para as crianças, o pai é o Ser Supremo, e então perdem a conexão com o Núcleo, a parte mais energética de Deus.
Para ajudar as crianças, é preciso ajudar os pais. Se os pais estão abertos, cuidam delas sem lhes impor suas próprias ideias. O principal é dar-lhes espaço, deixá-las pensar, dar-lhes tempo, deixar que falem e também falar-lhes o que sabem de Deus, mas sem insistir que têm a verdade. Por exemplo, o subnível espiritual, dentro do plano físico, é só um reflexo da Fonte, e a Fonte, por sua vez, é o reflexo do Núcleo. Jesus é o espelho que reflecte a imagem de Deus para os cristãos. O céu é a parte positiva do plano astral, e o inferno não é um castigo, mas a zona do plano astral onde se purificam as almas e os desejos negativos. Nem o céu nem o inferno são eternos. Deus quis destacar de si o universo, e o ser humano também tem o universo dentro, porque a Totalidade está representada em cada parte.
O cérebro humano é como um computador, mas o computador tem uma memória limitada, reflexo do cérebro físico. A mente, por sua vez, é o reflexo da Mente Divina, do Logos, que é infinita.
Os humanos aprendem a usar um só ponto de vista, o quotidiano, que serve para o físico e para viver em sociedade. As crianças, ao brincar, praticam essa realidade. Permanecer aberto é manter outros pontos de vista: o Ponto de Vista Exterior é “ver” a partir de fora da Terra e fora da parte sistemática (ou manifesta) do universo; o Ponto de Vista Central é ver a partir do Núcleo; e o Ponto de Vista Interior é olhar dentro dos seres humanos.
Às crianças é ensinada só a lógica humana, a partir do ponto de vista quotidiano ou residencial. Quando já estão educadas espiritualmente, tal sistema é muito difícil; é necessário ter muita paciência, pois podem confundir-se.
A maior parte dos humanos vive toda a sua vida sem saber da Totalidade. Mantêm a unidade superior quando são bebés e pouco antes de morrer. Buscam a felicidade externa porque perdem a interna. Sofrem por causa dos desejos e também por apego a outros seres humanos.
Agora a humanidade está mudando. Os bebés trazem a conexão espiritual aberta. Não é preciso ensinar-lhes: isto é meu, isto é teu. Não entendem, porque trazem a ideia da Totalidade, e tudo é de todos. Se lhes é ensinada a ideia de "meu", se confundem, crêem que tudo é deles. É preciso deixá-los partilhar. Há um só EU para a Totalidade, ainda que o eu individual seja de uma variedade infinita.
Não sabemos se todo o mundo vai “passar de grau”... já estamos no exame final... tudo depende do comportamento de todos, da força do eu das novas crianças e dos adultos abertos, e também, da comunicação entre os seres subtis e os físicos.
Os Jardineiros do Espaço- Trigueirinho - Editora Pensamento